Porque é importante abordar esse tema?
Para responder a essa questão, vou me valer do texto de
Miriam Souza Castro Rodrigues, psicóloga, especialista em Psicologia Clínica e Medicina Comportamental pela UNIFESP
Encurtamento da infância
A brincadeira e a ludicidade são o universo infantil.
Para as crianças, os limites ainda não são claros entre mundo externo e interno. Dessa maneira, ambos os mundos estão fundidos e isso é absolutamente comum e saudável.
O perigo encontrado ao incentivar o namoro de crianças é o encurtamento da infância.
Isso acontece quando se leva ao universo infantil um conteúdo (o namoro) que pertence ao universo do adolescente e do adulto.
Empobrecimento do vocabulário emocional da criança
O segundo ponto a ser destacado é o empobrecimento do vocabulário emocional.
Ao incentivar o “namoro”, o adulto deixa de ensinar sentimentos e emoções importantíssimas para a criança, tais como fraternidade, irmandade, afinidade, solidariedade e compaixão.
Esses sentimentos passam a fazer parte de um “pacote” – o pacote da sexualidade ou do amor romântico.
É fundamental que a criança entenda que há vários tipos de amor, sendo um dos mais bonitos a amizade. Também é relevante que aprenda que esses amores são importantes tanto na infância quanto na vida adulta.
Esses sentimentos citados acima farão parte da vida adolescente e adulta e, portanto, é essencial ter um bom vocabulário emocional para denominar as emoções que fazem parte da família do amor.
Saber nomear as emoções também é uma maneira saudável de ampliar as habilidades de cultivar relações interpessoais, além de favorecer a saúde emocional.
Em seu livro
infantil Vavá e Popó descobrem as famílias das emoções, Miriam demonstra que na família do amor estão a solidariedade, ternura, respeito, benevolência, afeição, gratidão e outras mais.
Além disso, exemplifica correções apropriadas para que a criança não pense em namoro
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